Gilson Kleina ou Ethan Hunt ?

24/09/2012 12:28

 

Caio Carrieri 24/09/2012 - 07:05 São Paulo (SP)

HOME Gilson Kleina - Palmeiras (Foto: Jorge Aguiar)

O Palmeiras ainda está afundado na zona de rebaixamento, a 12 rodadas do fim do Brasileirão. Mas a vitória sobre o Figueirense, no último sábado, deu novo fôlego para o Verdão nadar contra a maré que o empurra para Série B.

Com pouco tempo entre a chegada e a estreia (três dias), Gilson Kleina apostou na conversa – de dirigentes a atletas – para conhecer o grupo e mobilizá-lo a ter uma nova postura em momento de pressão.

– Fiz mais reunião do que a ONU (Organização das Nações Unidas). Conversamos com todos os setores do Palmeiras, tentando entender o pensamento de cada um e a situação num todo. Passei confiança, tranquilidade, muito convicto no trabalho. Dormi pouco. Foram dias intensos – explicou o treinador.

Resultado: um time aguerrido durante os 90 minutos que colocou fim a uma sequência de três derrotas seguidas no campeonato. Ainda há o que melhorar (ver abaixo). Mas o clima é menos tenso do que há uma semana, quando jogadores e dirigentes sofreram ameaças depois do revés para o Corinthians.

O alento foi ter diminuído para cinco pontos a diferença para o primeiro fora da zona de rebaixamento. O Coritiba perdeu neste domingo para o Sport e foi ultrapassado pelo Flamengo, que venceu o Atlético-GO.

Determinado em manter o Palmeiras na elite do futebol brasileiro, Kleina aposta no Pacaembu lotado no próximo sábado para estrear em casa com o apoio da torcida. O adversário é a Macaca, sua ex-equipe.

– Contra a Ponte, se for possível quero mais de 30 mil palmeirenses no Pacaembu. Sei que contra o Sport (vitória de 3 a 1) deu algo nesse sentido. Vamos repetir e lotar. A participação do torcedor é fundamental. Com ele, podemos ir além e alcançar mais rapidamente nossos objetivos.

As vendas dos ingressos por enquanto acontecem apenas pela internet (www.futebolcard.com). Na quinta, o serviço se inicia nas bilheterias e em demais postos.

 Gilson Kleina avisa que não está para milagres e quer trabalho


 

Tudo tem que jogar a favor nesta reta final: diretoria, técnico e jogadores. Vale a sobrevivência ou uma mancha na história do clube.

 

O que melhorou

Atitude
Foi a principal mudança. O time entrou determinado desde o início do jogo e não esperou o Figueirense, mesmo atuando como visitante. A reação imediata depois de tomar o gol também foi elogiada. O adversário diminuiu a vantagem, mas Assunção fez o 3 a 1.

Bolas paradas
Com o retorno de Assunção, o Palmeiras voltou a ter a qualidade nas cobranças de falta e escanteio. Dois gols tiveram origem dessa maneira, e o capitão ainda teve outro tento anulado.

Defesa aguerrida
Apesar de alguns sustos, a dupla Thiago Heleno-Maurício Ramos mostrou que tem qualidade. Falta sequência juntos.

Juninho
O vilão no Dérbi fez o simples e não comprometeu defensivamente. Teve apoio especial de Kleina nos primeiros treinamentos pelo Palmeiras.

 

O que pode melhorar

Cobertura na lateral
Sem Artur, suspenso, Kleina improvisou Correa no setor. Sem condição física de avançar e fazer a cobertura na lateral, deixou muito espaço nas suas costas. O mesmo aconteceu quando Márcio Araújo foi deslocado para o setor, depois que Correa foi substituído com lesão.

Bruno
Embora tenha sido eleito o melhor goleiro na campanha do título da Copa do Brasil, ele não consegue repetir as atuações no Brasileiro. Pelo contrário. Dá seguidos sustos na torcida ao hesitar na saída gol em cruzamentos rivais.

Barcos e Valdivia
O centroavante não marca há nove partidas. O último gol foi há mais de um mês, na derrota para o Atlético-GO fora de casa. Segue como goleador do time na temporada, com 21 gols. Já Valdivia desperta preocupação de Kleina por reclamar demais da arbitragem. O meia não tem nenhum gol nem assistência no BR.



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